O Movimento da Escola Moderna foi um conjunto de ideias pedagógicas que surgiu no início do século XX e que teve como principal objetivo reformar o sistema educativo e torná-lo mais eficaz. 

Destacava a importância de adaptar o ensino às necessidades individuais dos estudantes, em vez de seguir um currículo rígido e pré-determinado.

O Modelo da Escola Moderna foi implementado em Portugal a partir da década de 1960. Neste período, o ensino em Portugal era marcado pela tradição e pelo ensino autoritário. Este modelo foi introduzido como uma forma de modernizar o sistema educativo português e promover a igualdade de oportunidades.

Além disso, o modelo também destacava a importância de valorizar a criatividade e a individualidade dos estudantes e de promover uma educação que fosse relevante e significativa para eles.

Para atingir estes objectivos, os defensores deste modelo educativo propunham uma série de mudanças na estrutura e no funcionamento das escolas. Entre elas, destacam-se:

• A implementação de uma nova organização do tempo escolar, com a criação de períodos mais curtos e mais dinâmicos, a fim de evitar a monotonia e a desmotivação dos alunos;
• A utilização de métodos de ensino mais flexíveis e adaptados às necessidades individuais de cada aluno, como o trabalho em grupo, o ensino por projetos e a utilização de materiais específicos;
• A valorização do papel do professor como mediador do processo de aprendizagem, e não como transmissor de conhecimentos pré-estabelecidos;
• A promoção do trabalho prático e da experiência concreta como formas de aprendizagem privilegiadas, em detrimento do ensino teórico e abstrato.

O Movimento da Escola Moderna teve um papel importante na reforma educativa em Portugal, tendo influenciado a forma como a educação é ministrada no país até aos dias de hoje. 

Muitas das ideias defendidas pelo movimento foram incorporadas nas políticas educativas e nos programas escolares, tendo contribuído para a valorização do trabalho prático e da experiência concreta como formas de aprendizagem, assim como para a valorização do papel do aluno como protagonista do seu próprio processo de aprendizagem.

No entanto, também foi alvo de críticas, principalmente por parte de aqueles que defendiam a manutenção da estrutura tradicional da escola e do ensino teórico e abstrato. Alguns argumentavam que as ideias defendidas pelo movimento eram demasiado radicais e que poderiam prejudicar a qualidade do ensino e o sucesso dos alunos.

Em Portugal foi baseado no modelo escolar sueco e foi implementado através da reforma do ensino primário e secundário, bem como da criação de escolas profissionais. A reforma do ensino primário e secundário incluiu a introdução de uma grade curricular mais flexível, a ampliação da duração do ensino secundário e a criação de escolas secundárias técnicas e profissionais.

A implementação do modelo da escola moderna em Portugal foi um processo gradual e teve alguns desafios. Alguns dos principais desafios incluíram a falta de recursos e de professores qualificados para implementar o novo modelo, bem como a resistência à mudança por parte de alguns professores e comunidades escolares. No entanto, a implementação do modelo da escola moderna em Portugal foi amplamente considerada um sucesso e ajudou a melhorar significativamente a qualidade do ensino em Portugal.